domingo, 10 de abril de 2016

OS PEQUENINOS

A inquietante graça de Deus tem me suprido ao decorrer de minha jornada. Queria compartilhar algumas palavras com vocês depois que me esbarrem com o relato que Marcos escreveu no Evangelho. Aconteceu que as pessoas traziam crianças para que Jesus lhes impusesse a mão, mas os discípulos repreendiam o povo. Todavia, Quando Jesus notou o que se passava, ficou indignado e lhes advertiu; — Deixai vir a mim os pequeninos. Não os impeçais, pois deles é o Reino de Deus. Com toda a certeza vos asseguro; aquele que não receber o Reino de Deus como uma criança, jamais terá acesso a ele. Em seguida abraçou as crianças, impôs-lhes as mãos e as abençoou. Marcos 10:13-14 No pano de fundo dessas ações de Jesus Cristo, que Marcos fez questão de relatá-las ao escreve-las eu me lembro da atitude judaica em relação às crianças, na Palestina do primeiro século. Preste bem atenção, para depois não falar que eu não avisei. No tempo do Novo Testamento as crianças não eram consideradas de qualquer importância e automaticamente mereciam pouca atenção ou favor. Que terrível isso! Jesus fica indignado com isso seja qual for o tempo, século, década, contexto ou era. Ora, quem me falou isso foi o misterioso escritor de Hebreus — Jesus Cristo é o mesmo, ontem, hoje e eternamente. Hebreus 13:8. As crianças naquela sociedade não tinham status, simplesmente não contavam. A criança era encarada com escárnio. Agora pense comigo — Para nós, nos tornar uma criancinha significa que a gente tem que aceitar que somos de pouca relevância diante dos homens, considerados sem importância, insignificantes para o padrão dos orgulhos filhos de Adão. Bem-aventurado são aqueles que são semelhantes a criancinhas que é a imagem do reino e é símbolo de todo aquele que ocupa a posição dos mais inferiores na sociedade, os pobres e oprimidos, os mendigos, as prostitutas, o ladrãozinho da feira de quinta feira. Todos esses são as pessoas que Jesus olhava bem nos olhos e dizia — pequeninos, últimos, pobres de espirito, ovelhinhas perdidas da casa de Israel. Jesus se preocupava de tal modo com esses pequeninos que não deveriam ser desprezados ou tratados como inferiores, escória da sociedade, os Dalit da Índia, ou as empregadas negras e milhares de homens e crianças que foram escravizadas no século XVII, nos Estados Unidos, ou quando saquearam a terra dos Índios e deixaram eles apenas com as esmolas, sem falar da tirania de uma raça ariana de Adolf Hitler, todo País tem um passado sombrio no que diz respeito aos pequeninos maltratados. No entanto Jesus diz a nós — Tende todo cuidado para que não desprezeis a qualquer destes pequeninos; pois Eu vos asseguro que seus anjos nos céus vêem continuamente a face de meu Pai celestial. Mateus 18:10. Sobretudo, ó homens não ignorem essas palavras — Porque o Filho do homem veio para salvar o que se havia perdido. Mateus 18:11. Jesus sabia muito bem os sentimentos de vergonha e de inferioridade dos pequeninos, e por causa da sua compaixão eles eram, a seus olhos, de valor extraordinariamente imensurável. De modo que Jesus dizia a eles apenas com olhares, toques, aromas e tonalidades do relacionamento pessoal diante da percepção da vida, com a Verdadeira Vida vinda ao mundo, que eles não tinham nada a temer. O reino é vosso. — Nada temais, pequeno rebanho, pois de bom agrado o Pai vos concedeu o seu Reino. Lucas 12:32 — Jesus dava-lhes dignidade, e ainda o dá. Os chamam para ser preparados para serem discípulos dEle. Todavia, nós temos que aceitar o reino de Deus do mesmo modo que uma criança. Você me diz, como assim? E eu te digo, simplesmente aceite. Então vocês ouvirão; — Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos, e as revelaste aos pequeninos. Sim, ó Pai, porque assim foi do teu agrado. Aqui quando Jesus enfatiza a palavra; pequeninos, significa criança de colo no grego a palavra é napioi. Essa é a figura usada por Jesus para se referir aos ignorantes e sem instrução que eram menosprezados. Ele estava falando que o Evangelho da graça foi revelado e apreendido pelos analfabetos e ignorantes em vez dos sábios e intelectuais e religiosos da época. Por esse mesmo motivo Jesus dá graças a Deus. Nada contra Aristóteles, Platão, Sócrates, mas correriam grande risco de não entender a realidade do Reino de Deus diante dessa dimensão.

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