quinta-feira, 4 de agosto de 2016

CRIMINOSOS DO AMOR

Por dois séculos essa foi a realidade com qual interpretavam Jesus e os seus seguidores. Como bandidos perante a sociedade e blasfemos diante da religiosidade. Acusavam eles de incesto, canibalismo, infanticídio religioso, e até mesmo a saudação com ósculo santo, foi transformado em conduta imoral.

Na quadrilha de Jesus de Nazaré eles rejeitavam a escravidão e a adoração ao imperador da época. Aqueles bocós dos romanos pensavam que só por que os seguidores de Jesus não ficavam adorando as estatuas dos imperadores, era uma atitude desleal. E ficavam ainda mais assustados quando ouviam os seguidores cantando hinos e louvores e adorando a outro Rei, um tal de Jesus de Nazaré. Por esse motivo foram considerados desleais, e conspiradores diante do governo, e má influência para sociedade. Em suas reuniões misturavam escravos com livres, e o que era mais absurdo para os romanos, é que até mesmo os escravos podiam se tornar um líder da reunião, da congregação entre irmãos, do ajuntamento da Igreja. Não havia em suas reuniões preconceitos e julgamentos hipócritas olhando a aparência dos irmãos, não havia divisão de classe, de cor, todos eram um só em Cristo Jesus, e o maior entre eles era o menor.

Que ninguém se esqueça quando um incêndio tomou conta dos 10 dos 14 bairros de Roma no ano 65 e o imperador Nero acusou os cristãos como autor do incêndio. Em razão dessa acusação iniciasse a primeira grande perseguição contra os discípulos de Cristo que durou até 68. Até mesmo o historiador Tácito Cornélio senador e cônsul, descreveu esse acontecimento em seus anais, escritos no tempo de Trajano. Ele acusou Nero de ter injustamente culpado os seguidores de Cristo. Ele diz; “para acabar logo com as vozes públicas, Nero inventou os culpados, e submeteu a refinadíssimas penas aqueles que o povo chamava de cristãos, e que eram mal vistos pelas suas infâmias. O nome deles provinha de Cristo, que sob o reinado de Tibério fora condenado ao suplício por ordem do procurador Pôncio Pilatos”. Porém até mesmo Tácito estava convencido de que os seguidores de Cristo mereciam as mais severas punições...

No entanto a quadrilha dos seguidores de Jesus de Nazaré crescia cada vez mais por intermédio do Espirito Santo, com o amor, martírios, acusações mais infamantes, eles não retrocediam. Sei que as últimas perseguições que aconteceu no terceiro e quarto séculos resultaram ineficazes diante daquelas que ocorreu no primeiro e no segundo séculos. A coragem dos discípulos de Jesus e fé, foi só as folhas da arvore e a raiz que foram plantadas por Deus na humanidade. Quanto mais os seguidores eram acusados soavam como elogios aos seguidores, todos queriam saber quem são esses que dão valor aos ignorantes da sociedade, os pobres, chamam uns aos outros de irmãos, e que desprezam as honras e a púrpura, e que chegam até mesmo a dizer que à dignidade é para todos diante de Deus por meio de Cristo Jesus, mesmo os mais pobres, humildes, a igualdade diante de Deus.

O ponto mais revolucionário da mensagem dos discípulos, foi que viveram o Evangelho, e que sem forçar nada alcançaram a consciência de tantas pessoas e de tantos povos, por que viveram o amor que Cristo ensinou. 

Por isso digo, faço parte dessa quadrilha com o maior orgulho. Sou um criminoso do amor em nome de Deus, Jesus me ensinou ser assim, os que acharem ruim, vá reclamar com Ele, ou me mate.


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